Comemorou-se esta semana o dia internacional da Mulher.
Fez, neste passado dia 8, 153 anos que as operarias de uma grande fabrica de tecidos de Nova York, recorreram a greve afim de reivindicarem melhores condições laborais. Entre elas a redução da carga horária das dezasseis horas exigida pela empresa, para as dez horas, assim como melhores salários, equiparando-se assim ao universo de trabalhadores masculinos, executantes do mesmo tipo de trabalho.
A manifestação feminina foi reprimida com grande violência, encarcerando 130 trabalhadoras no interior da fabrica posteriormente incendiada trazendo uma desumana morte a quem simplesmente lutava pelo respeito e dignidade.
Somente 47 anos depois, em 1910 este dia trágico foi reconhecido na Dinamarca como o "Dia internacional da mulher", em homenagem a todas as mulheres que, por se insurgirem contra algo errado, tiveram um severo fim.
Este dia não serve apenas para comemorar uma data, mas também para tema de reflexão para o papel da Mulher no mundo activo, não só laboral, como também social.
A discriminação sempre foi parte integrante da nossa sociedade, nas suas múltiplas formas, e esta e uma delas. Numa sociedade imperfeita critica-se a diferença quando todos nos achamos indivíduos únicos e inevitavelmente diferentes.
Enquanto o mundo se trona cada vez mais numa aldeia, este tipo de ideologia não tem lugar num presente ou num futuro próximo.
Não se trata de evitar, por assim dizer, esta linha de pensamento em relação, tanto ao sexo , raça ou religião. trata-se sim de erradicar de uma vez por todas este sentimento absurdo de diferença entre seres racionais.
Apesar de cada dia ser um passo para a extinção desta visão desactualizada sobre o mundo e os seus habitantes, ela subsiste, muitas das vezes resguardada numa lei que defende a igualdade mas que por meandros a retira, dando razão a quem comete este tipo de infracções anti-sociais.
Hoje, o meu apelo, e que a igualdade se insurja contra as diferenças que o Homem criou no seio da sua comunidade. Desprezando qualidades individuais em prol de um sexo apelidado de forte e que as Mulheres do mundo não sejam vistas como apenas mulheres mas sim como cidadãs do Mundo.
Não deixemos que a tragédia de 130 Mulheres passe despercebida, essa sim e a melhor homenagem.